sexta-feira, 14 de agosto de 2009

[O Aniversário Mais Longo da Terra]

Uma das partes mais interessantes de estar a quinze horas na frente de quem está no Brasil é que temos o aniversário mais longo da Terra (ou quase): 39 horas de aniversário.

E ontem (e hoje) minhas 39 horas chegaram. Vinte e um anos, o que para os Kiwis é o aniversário mais importante, porque teoricamente é quando atingimos a maioridade. Pra mim, morando desde os 17 longe dos meus pais, nenhuma diferença.

E tive uma comemoração e ganhei presentes, o que só por isso já fez deste ano melhor que o passado.
A mãe (notou a letra minúscula?) fez um bolo que parecia de padaria (um pouco torto, mas quem liga?) e eu e o Ju viemos de Ashburton até a fazenda para comemorar. Com direito a Sandro, Helen e Lara (mais um casal de brasileiros em terras kiwis e a filhinha super fofa deles) e a luz acabando no meio da festa. E ganhei um ursinho de pelúcia com suéter de "I love NZ" da Lara e uma carteira linda da mãe. Do Ju não ganhei nada, mas perdôo porque graças à viagem ao Brasil estamos sem um puto furado no bolso.

E por falar em puto furado, estou meio que empregada. Eu falo que as coisas aqui são fáceis, não é brincadeira.
Depois de rodar Ashburton inteira, deixando currículos e preenchendo formulários em todas as lojas possíveis, finalmente alguém me ligou. Adivinhem onde? Sim. McDonald's.
Foram três minutos de entrevista para a gerente marcar três horas de experiência para mim amanhã. Ou seja, vou trabalhar três horas para ver se gosto do trabalho e se eles acham que eu levo jeito para isso e ganhar um vale de NZ$10,00 para comer lá.

Não é exatamente o que eu estava esperando, mas como há aquele problema já comentado sobre a ausência de putos furados no bolso, se tudo der certo eu visto o uniforme azul feio e o bonezinho preto e mãos à obra. Torcendo escondida para que algum outro lugar veja meu currículo e diga "Oh, puxa! Esta pessoa parece legal, vamos contratá-la!" e eu possa mudar de emprego.

Não tenho problemas pessoais com o McDonald's, na verdade. E talvez assim que eu começar a trabalhar lá, veja que na verdade é muito legal e queira ficar. Meu problema na realidade é trabalhar no mesmo lugar em que o Ju trabalha desde o fim do ano passado. Pode ser besteira minha, mas pelo menos por enquanto prefiro outro lugar.

De resto tudo continua na mesma. Nossa flatmate gigante continua sem tomar banho (ah, sim, acho que esqueci deste detalhe no último post), continuo com três gatos em casa (porque além do Jack e do Chris, ainda estamos hospedando a Meg, irmã-prima do Jack, enquanto meu cunhado está no Brasil) e minha casa continua gelada feito o Mt. Hutt, que por sinal está coberto de neve até quase o pé.

Então vou aproveitar minha última hora e vinte minutos de aniversário e volto quando puder.

Nenhum comentário: