quinta-feira, 6 de agosto de 2009

[Quem é vivo sempre aparece]

Para todo desaparecimento há uma explicação. Não seria diferente aqui.

Passei os últimos três meses em terras tupiniquins. E sem tempo ou sem computador ou sem vontade de postar algum tipo de notícia pelo meu Diário de Bordo, nem mesmo para dar um "Olá, não morri, estou no Brasil" ou algo do tipo.

Mas voltei, finalmente. Depois das atribulações da viagem, de mais 16 horas de vôo pelas Aerolíneas Argentinas, de mais 12 horas esperando em aeroportos até finalmente chegarmos na nossa casa nova.

Sim. "Chegarmos". Plural.
Por motivos que são mais resumidamente explicados com o fato de que dentistas no Brasil são estupidamente mais baratos e mais eficientes do que na Nova Zelândia (fato já explorado neste blog), Juliano resolveu de uma hora para a outra embarcar rumo a São Paulo para finalmente terminar o canal no tal dente que volta-e-meia dava problema. Passou três semanas lá, ao fim do qual voamos juntos para casa.

E estamos em uma casa nova. Não mais a pequenina, meiga, clara e moderna casa ao estilo japonês de Methven, mas sim uma grande, antiga, fria porém charmosa casa ao estilo Kiwi em Ashburton. E agora temos uma roommate gigante, como disse a mãe (letra minúscula porque ela disse que mais uma vez usando letra maiúscula e ela começaria a usar um manto de Nossa Senhora - ou algo do tipo, não lembro direito qual foi a ameaça). É a Hine (lê-se "rine", como em "rinite" ou similar), uma kiwi-maori tão simpática quanto grande (e acreditem quando a mãe diz que ela é enorme) importada de Auckland e a primeira pessoa que eu conheço ao vivo e em cores que fala Māori, a língua dos nativos neo-zelandeses.

Sim, porque os nativos neo-zelandeses têm uma língua própria que até hoje é falada entre eles. Inclusive existem programas de TV e até um canal especialmente voltado para eles, onde passam desenhos tipo Ben 10 dublados em maori. Divertido (okay... "engraçado" seria a palavra mais exata...).

E quanto a mim, ainda procuro o que fazer. Viemos passar os dias de folga do Ju na casa da mãe, onde tem internet (ah, sim... Juliano fez o favor de derrubar champanhe no nosso notebook, então estamos sem internet por tempo indeterminado) e eu aproveitei para imprimir meu currículo. Vou tentar alguma coisa nos supermercados, locadoras e livraria (singular porque só tem uma). Em último caso, tento no McDonald's. Me desejem sorte!

Por enquanto é o que tenho a contar. Sobre as férias no Brasil não tenho muito a dizer, e mesmo se tivesse já passou da data de validade. Assim que eu tiver novidade e uma internet, volto para manter este blog informado.

2 comentários:

Mariana Leutwiler disse...

" lê-se "rine", como em "rinite" " rinite foi triste... kpsoakpsoka *rimou*
ah.. já tô com saudade, mas eu nao quero que você venha, tô querendo mais é ir praí logo... se algum dia for e vc ainda tiver por aí...
ai ai... bom.. finalmente postou. Eu gosto de ler as coisas q vc escreve. (ou sentir inveja, entenda como quiser)
beijos, coisa ruiva...
amo vc;

Anônimo disse...

Depois quero especificações sobre o quão "grande" é a sua roommate, porque essa definição dá margens a mais de uma interpretação o/
Anyway, quando voltar, quero aprender pelo menos uma frase em māori, huh?!

Super torço que você consiga o emprego na única livraria *____* É tão, tão, tão a sua cara!!!
Enfim, até a próxima internetada.

Beijão,