segunda-feira, 7 de setembro de 2009

[Welcome to Riverland]

Okay, okay, talvez eu tenha demorado um certo longo tempo para resolver finalmente apresentar as "pessoas da fazenda", dando os devidos nomes e feedbacks. Pois bem, como antes tarde do que nunca, agora chegou a hora.

Era uma vez uma fazenda chamada Riverland Dairies, localizada no número 1367, Rakaia Terrace Road. Nesta fazenda havia cinco casas, duas logo na entrada e o resto a três quilômetros de distância. E nesta fazenda havia a maior concentração de brasileiros por metro quadrado que a Nova Zelândia já viu.

A primeira casa logo na entrada foi uma vez, num passado longínquo, onde eu e o Ju moramos. Eu, o Ju e mais seis pessoas, numa casa de três quartos e dois banheiros. Mas estou aqui para falar do presente e não contar como era esta fazenda há um ano. Hoje em dia nesta mesma casa mora o Mark, subgerente da fazenda e kiwi descendente de italianos, que até pouco tempo atrás era casado com a Tony, outra maori gigante, e tem uma filhinha de uns dois anos.

A segunda casa é a casa da mãe, que até o dia 18 do mês passado estava curtindo a vida de recém-casada morando sozinha com o Gordo, também conhecido como Rodrigo. Até o dia 18 de agosto, porque em questão de uma semana esta se tornou a casa com a maior densidade demográfica da fazenda.

Tudo porque o Jairton e a Jana voltaram do Brasil. Jairton é o irmão do Juliano, responsável indireto por eu estar aqui, e Jana é a esposa dele. E os dois trouxeram o Zé Carlos, que era açougueiro em São Pedro e resolveu vir tentar a sorte pros lados de cá.

A parte em que eu comentei sobre ele ser de São Pedro é um bocado importante. Absolutamente todos os brasileiros nesta fazenda, sob a excessão da mãe, são oriundos de duas cidades do interior de São Paulo, separadas entre si por sete quilômetros de estrada: São Pedro e Águas de São Pedro.

Logo depois do Jairton e a Jana voltarem, foi a vez do Taio e da Flávia. O Taio é filho da Dona Sônia, que como a mãe fala é uma das lendas de Águas de São Pedro, que foi professora de geografia de quase todos aqui (inclusive eu). Além disso, o próprio Taio foi meu professor de informática na quinta série, e a Flávia (que é a esposa dele) é professora de matemática.

Não percam a conta, até agora foram sete brasileiros, todos morando na mesma casa de um banheiro só.

Três quilômetros adiante, chegamos na terceira casa, também conhecida como "Casa dos Solteiros". Nela moram o Paulo, mais conhecido como Tico, que é tio da Érica e portanto meu conhecido desde tempos primórdios, e o Gian, outro kiwi que só vi pessoalmente uma vez.

A casa quatro, última com brasileiros, é outra com superpolulação. Tem exatamente a mesma planta da casa da mãe e nela moram o João e a Drika, casados e que estão aqui há quase tanto tempo quanto o Jairton, a Marielle, amiga deles e que tem uma fazenda de leite no Brasil, e os recém-chegados Teta, irmão da Marielle, e Dayane, esposa dele e que todo mundo fala que é a cara da mãe. Estes dois últimos eu ainda não conheci.

A última casa é ocupada pelo não menos importante gerente da fazenda, Brent, a namorada Juliet e os dois pit bulls carniceiros Missy e Chase. Todos kiwis de carteirinha, mas os dois humanos passaram 15 dias no Brasil em julho.

Se minhas contas estão corretas, são quinze brasileiros em uma única fazenda, sem contar todos aqueles que já passaram por aqui. Afinal de contas, brasileiro é praga e cada um traz mais cinco, e a Riverland Dairies é a porta de entrada para todos os aventureiros interessados em conhecer ou em trabalhar na Terra dos Kiwis.

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