segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

[Leves Mudanças de Planos]

Semana cheia. Cheia de trabalho, graças a Deus. Com alguns problemas também, mas quanto a isso sempre dá-se um jeito.

Ju vai trabalhar no McDonald's. Já está para começar lá há duas semanas, mas não podia por causa do visto, que só o permitia trabalhar na Riverland Dairies (a fazenda em que ele trabalhava antes).
Então ele juntou a papelada, pegou o dinheiro do visto e foi para aplicar um novo visto que o permitisse trabalhar no McDonald's. Chega na Imigração, espera algumas horas na fila, paga o valor do visto e a canadense da Imigração diz que sente muito, mas não pode aplicar o visto pelo McDonald's. E que, como o Ju não está mais trabalhando na fazenda, vai ter que cancelar o visto que ele tem.

Desespero por alguns momentos. Juliano discorre sobre sua história e os motivos de estar na Nova Zelândia. A canadense (Fredérique), com pena do pobre brasileiro, resolve contar para ele que o Brasil acaba de assinar um acordo com a Nova Zelândia chamado Work Holiday. Com este acordo, uma pessoa pode conseguir um visto de até um ano de trabalho em qualquer lugar da Nova Zelândia desde que prove possuir 4200 dólares na conta.

Ótimo. Então só faltam este 4200 dólares. Não. Faltam 8400, na verdade. Como o meu visto é um partner com o do Ju, assim que o dele fosse cancelado o meu também seria. Ou seja, eu também tenho que entrar nesse esquema de Work Holiday.

Telefonemas daqui, pedidos de ajuda dali, conseguimos completar os 4200 dólares para depositar na conta do Ju. Ótimo, e eu?
Brasileiro sempre dá um jeito, mesmo... Assim que os 4200 dólares são contabilizados na conta do Ju, ele pede um extrato, tira o dinheiro e a gente corre para o outro banco para depositar os mesmos 4200 na minha conta.

Vamos então correndo para a Imigração antes que todas as senhas de atendimento do dia sejam pegas. Vamos literalmente correndo, e uma série de acontecimentos faz com que meu recém-comprado MP4 de 4Gb caia no meio da rua bem na hora em que o semáforo está abrindo.
Nenhum carro passou exatamente por cima dele, mas o resultado é que o LCD não funciona e quando se dá play ele só fica apitando.
Tudo bem, mais um pedido para a lista de Natal, logo ao lado do Nintendo Wii.

No fim, após cerca de 4 horas esperando na sala da Imigração, a canadense (Fredérique) resolve nos atender. Muito simpática, ela logo conta que a irmã dela namora um chileno e os dois passaram um mês no Brasil, de onde a irmã trouxe 3 CDs de presente (Elis Regina, Kid Abelha e Marisa Monte). E, finalmente, imprime o visto e cola nos nossos passaportes.

Felicidade, felicidade! Agora temos permissão para trabalhar em qualquer lugar da Nova Zelândia, para qualquer empregador, sem dar satisfação para ninguém, até 12 de dezembro de 2009.
(Não que para mim isso tenha feito muita diferença, meu visto antigo já me permitia tudo isso até 11 de janeiro de 2010, mas não adiantaria muito ficar com ele se o do Ju ia ser cancelado)

Então é isso. Tenho agora pelo menos mais um ano aqui na Terra dos Kiwis.

Um comentário:

Caranguejo Excêntrico disse...

"Assim que os 4200 dólares são contabilizados na conta do Ju, ele pede um extrato, tira o dinheiro e a gente corre para o outro banco para depositar os mesmos 4200 na minha conta."

Muito bom saber que apesar de todo esse tempo do outro lado do mundo vocês não perderam a, hum, brasilidade típica do nosso querido país do Carnaval.

Adooooooooro
XDDD