segunda-feira, 27 de outubro de 2008

[Sumiço e explicações]

Tá, eu sei, eu sei. Eu daria uma péssima correspondente internacional. Começo um assunto e sem mais nem menos eu sumo por um longo tempo. Mas a verdade é que agora já faz muito mais de um mês que a Road Trip acabou, muita coisa aconteceu neste meio tempo e não estou com vontade de narrar o resto dos fatos da viagem. Se a vontade voltar, eu juro que continuo de onde parei.

Mas há sempre uma razão para o sumiço.
A minha é que mudei de casa. Sim, saí da fazenda. Bom, nenhuma novidade para ninguém, visto que mesmo aqui eu já havia comentado que estaríamos sem casa quando voltássemos da viagem. Juliano pediu as contas, juntamos nossos trapinhos (a mesma trupe da viagem: Ju, eu, Érica e Toninho) e alugamos uma casinha em Methven.
Methven (também conhecida como Mount Hutt Village) é uma cidadezinha minúscula, dessas cidades realmente pequenas que só por aqui a gente vê, ao pé da segunda montanha mais alta da Nova Zelândia (o já citado Mount Hutt). Dizem os boatos que há 2 mil habitantes, mas conhecendo Águas de São Pedro (quem definitivamente tem 2 mil habitantes), eu diria que provavelmente tem bem menos gente do que isso.
Como fica ao pé do Mount Hutt, que tem uma estação de esqui, a cidade abriga vários turistas no inverno. A partir da primavera, fica entregue às moscas.
E é nesta cidade que estamos morando.

A casa é simplesmente uma graça e por si só é o motivo de termos ido morar em Methven. É toda decorada ao estilo japonês, com biombos e tudo. Ponto negativo: não tem venezianas nem cortinas nos quartos, e as portas dos mesmos são de vidro. Ou seja, entra claridade por todos os lados, o que é realmente chato em um país em que no verão o sol se põe por volta das 11 da noite para nascer novamente às 4 da manhã. Se, acabado o contrato de 3 meses, nós decidirmos nos mudar, tenham certeza de que foi este o motivo.

E o Juliano está no Brasil. Para não perder o visto dele (já que não está mais trabalhando na fazenda), decidiu adiantar a viagem que estava programada para dezembro e mandou-se para lá. Mas já está morrendo de saudades e tédio, o que me faz acreditar ser possível ele aparecer aqui dentro de uma ou duas semanas, no máximo.

E agora, finalmente, a razão do meu desaparecimento internético: Como o Ju levou o computador para o Brasil, ficamos sem ter com o que acessar a internet. Simples e direto assim.
Estou agora acessando da casa do meu cunhado.

E na sala tem dois quenianos batendo o maior papo naquela língua horrível esquisita deles. Só ouço "conga bonga onga uga" pra lá e "aga baga jaba naba" pra cá.

E estou trabalhando! Garçonete e camareira numa pousada. Poucas horas por semana, mas já é alguma coisa. Pelo menos me distraio e tiro uma graninha.

Agora me vou com a promessa de voltar a postar aqui tão-logo Juliano e seu computador voltem das terras tupiniquins.